sábado, 18 de maio de 2013

Apresentaçao

Cesar Brito
Marcelo Caires vem desenvolvendo um trabalho instrumental de alta qualidade, com influências do jazz, flamenco e ritmos brasileiros (samba, baião, bossa nova, choro e moda de viola). Utiliza com frequência, afinações alternativas para seu instrumento, que lhe propiciam timbres diferenciados na concepção de suas obras.

 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Três dicas para se tornar um músico de sucesso



Muitas pessoas confundem sucesso com fama. Ao mesmo tempo que estão próximas, em outros apresentam uma diferença colossal. Sucesso está diretamente relacionado à realização de um trabalho, ao passo que a fama está  no reconhecimento do mesmo.
Porém surgem dúvidas, para ter fama é necessário ter sucesso? É possível ser alguém de sucesso e nunca ter fama? A resposta é sim para as duas perguntas. Qualquer um pode observar no cenário musical brasileiro a ascensão rápida e desmerecida de vários pseudo-artistas. Por outro lado, outros talentos impecável vivem a vida inteira sem ter seu trabalho reconhecido.
Na verdade são duas coisas muito relativas, porém o sucesso deve ser a base para uma fama verdadeira e duradoura. Para que possam te  acompanhar pela vida toda, a fama deve ser natural, apenas um sucesso. Um conselho, construa sua carreira dobre bases sólidas, e não se deixe levar por coisas momentâneas.
Estude, estude, estude…
Para um músico de sucesso, esse é o início do caminho. Procure os melhores professores, tenha os melhores materiais, aprenda a tocar um instrumento diferente. Lembre-se que isso é um investimento que estará fazendo em você mesmo, e ninguém nunca poderá tirá-lo.
Uma coisa primordial, infelizmente deixada de lado por muitos:aprenda a ler partituras, independentemente de seu instrumento ser um piano ou um pandeiro. A partitura é a linguagem universal da música. Você poderá perder grandes oportunidades. Claro que para tocar bem uma música você não precisa necessariamente saber ler partituras, mas saiba que é a única forma de escrever graficamente uma música com precisão.
Vários instrumentistas ainda vivem dependendo apenas de tablaturas. Não pretendo me aprofundar nessa discussão, mas partitura é um idioma, tablatura um dialeto!
Mantenha uma rede de contatos
Um bom músico deve ter bons e grandes contatos. Isso é fundamental para que possa ter boas oportunidades e agregar conhecimentos. O que sempre merece muita atenção é o fato de que à medida que seu sucesso cresce, aumenta também o número de pessoas que querem estar ao seu lado apenas para se aproveitar. Mas nada de ficar neurótico, saiba curtir as boas amizades.
Tenha contato com músicos, pessoal de escolas, lojas, etc… Se um dia alguém tiver interesse em ajudá-lo ou apreciar seu trabalho, seus amigos sempre estarão em primeiro lugar nessa tarefa.
Toque para o público
O músico deve ter consiência de que tocar é uma tarefa de grande responsabilidade, e que deve pensar principalmente nos seus ouvintes e fãs. Muitos são egoístas e pensam apenas em si mesmo, se comportando desagradavelmente.
Tudo o que deve esperar é o reconhecimento (que pode vir de várias formas), a música deve ser para seu público. Claro que também pode tocar para você, mas quando fizer isso tenha a certeza de que todos que estão ao seu lado possuam o mesmo gosto para não decepcionar necessariamente as pessoas.
Conclusão (ou o início de início de tudo)
Tenha sempre em mente construir uma carreira sólida baseada no seu trabalho, para quê o que você faz seja reconhecido, e que isso não seja apenas algo passageiro, seu trabalho deve ser realmente bom.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A Historia da Guitarra.



Reparei que algumas pessoas sempre procuram o fórum de guitarra para fazer pesquisas sobre a historia da guitarra e nunca encentravam nada completo, agora espero que esse tópico possa ajudar nossos companheiros estudantes de guitarra a encontrar as respostas de algumas perguntas.


A guitarra teve sua origem nos violões, mas uma longa jornada foi trilhada para que hoje a mesma tivesse as características a que estamos acostumados. A origem principal do violão é a guitarra barroca, sendo que os exemplares mais antigos datam do final do século XVI.
Eram instrumentos pequenos, com braços e corpos bem menores que os dos violões atuais, e parte traseira arredondada, feita pela junção de diversas ripas de madeira, como no casco de um barco. Até o século XVIII, porém, muito pouco aconteceu na evolução da guitarra barroca. Foi nessa época que se começou a usar, de forma mais generalizada, 6 cordas, mesma quantidade que temos hoje.
Foi também nessa época que apareceram inúmeras tentativas de mudanças, com o objetivo de alcançar um design que fosse portátil, prático de tocar e que garantisse um volume sonoro suficiente para apresentações, visto que não existiam ainda métodos eletrônicos de amplificar o som do instrumento. Com isso, apareceram instrumentos bastante interessantes, normalmente mistos entre harpas e o que seria o violão que conhecemos hoje.
No entanto, nenhum dos modelos inventados (e foram muitos...) virou um padrão aceito. Eram modelos pouco práticos de tocar e normalmente possuíam uma construção mais frágil e intrincada do que os violões da época.
No final do século XVIII, o violão (ou guitarra romântica, como é chamado o violão dessa época), já possuía uma caixa de ressonância maior, em forma de "8", fundo plano, e quase sempre com 6 cordas. No século XIX, começaram a surgir violões com uma aparência similar a dos atuais. A caixa passou a ter a parte inferior mais larga, tomando a forma que conhecemos hoje. No entanto, havia ainda diversos estilos de construção, não existindo naquele momento uma arquitetura (sem contar afinação, quantidade de cordas, materiais empregados, etc.) que pudesse ser considerada "universal". Mas, foi no final do século XIX que o violão atualmente utilizado foi concebido, e inclusive podemos dizer que após isso poucas mudanças aconteceram até os dias atuais.

Na Espanha, Antônio de Torres estabeleceu o que seria o padrão de construção do violão clássico feito atualmente, com as cordas de nylon. As alterações de Torres foram realmente profundas: o contorno do corpo tomou a forma atual e o comprimento da escala foi redefinido para 650mm, dando mais tensão às cordas. Com essa nova tensão, foi redefinida a estrutura do tampo e sua sustentação, criando o sistema de "bracing" utilizado até hoje por luthiers e grandes fabricantes. Torres construiu 320 violões (dos quais 66 ainda existem hoje) até 1892, quando faleceu. A contribuição de Torres dada aos violões "clássicos" (equipados com cordas de nylon), ratificou a Espanha como um pólo tradicionalíssimo na construção desse tipo de instrumento (sem falar na guitarra flamenca que, a princípio usada apenas para esse gênero, possui atualmente construção bastante parecida com a clássica, chegando inclusive a serem confundidas em alguns casos).
Apesar das transformações ocorridas com o instrumento na Espanha, no final do século XIX ainda vivia-se sem usufruir da velocidade da informação de um mundo globalizado, e portanto paralelamente ao trabalho de Torres outros esforços eram empreendidos com o intuito de aperfeiçoar o violão.

A principal contribuição neste sentido foi dada por um luthier alemão que, como tantos outros, resolveu cruzar o Atlântico em busca de oportunidades no novo mundo. Christian Friederich Martin não imaginava que sua iniciativa criaria uma marca que ajudaria a escrever a história da música do século XX e definiria um novo padrão na construção de violões de cordas de aço.

Martin foi para os EUA no ano em que foi registrada uma das maiores chuvas de meteoritos de toda a história. Não sabemos se durante a sua longa viagem ele teve a possibilidade de observá-los do convés do navio e fazer algum pedido, mas o fato é que suas criações obtiveram grande sucesso e definiriam o que viria a ser considerado o violão americano, ou como é mais conhecido de todos, o violão de cordas de aço.
Martin estava acostumado a construir instrumentos baseados na tradicional escola européia, altamente decorados e empregando materiais raros como marfim e madrepérola. Logo percebeu que se quisesse ter sucesso na nova empreitada teria que adaptar seu estilo. Afinal, seu mercado potencial era formado basicamente por pessoas modestas, que trabalhavam duro e sem tempo para "pompas e circunstâncias". Usando sua experiência e buscando soluções inovadoras, Martin simplificou os instrumentos, sem contudo abrir mão da qualidade e cuidado na construção dos mesmos. Na prática isso pode ser verificado através da adoção de uma mão simples (onde ficam as tarraxas), de linhas retas e sem adornos, assim como um cavalete também de linhas retas. Também aumentou o tamanho da caixa de ressonância, e aplicou uma de suas maiores invenções: a estrutura do tampo em forma de X, conhecida como "X-bracing". Esta estrutura consiste basicamente em reforçar o tampo internamente com 2 ripas formando um X, garantindo rigidez e durabilidade, mas permitindo liberdade de vibração ao conjunto. No século seguinte, esta estrutura caiu como uma luva no emprego de cordas de aço, suportando a tensão extra das mesmas em relação às de nylon e ainda assim garantindo uma sonoridade forte e precisa. Essa arquitetura de construção virou então o padrão utilizado nesse tipo de instrumento, e é usada até hoje por praticamente todos os fabricantes. Nascia assim o violão de cordas de aço, também chamado de violão folk.
Deve-se ressaltar que Martin não era, de forma alguma, o único nessa época a produzir violões neste estilo. É claro que vários fabricantes prontamente se dispuseram a copiar o desenho de Martin, o que contribuiu mais ainda para que o padrão fosse aceito. Entre estes, podemos destacar a "Lyon and Healy". Fundada por Patrick Joseph Healy e George Washburn Lyon em 1864, produzia instrumentos em grande quantidade e de muito boa qualidade, e sua linha de instrumentos, a Washburn, ainda existe até hoje apesar de uma história cheia de altos e baixos ao longo de todos esses anos.

Nessa época, outras empresas disputavam o espaço com a Gibson no segmento de guitarras de jazz. As principais eram a Stromberg e a Epiphone, criada pelo filho de um imigrante grego, Epaminondas Stathopoulo. Inicialmente denominada "House of Stathopoulo", teve seu nome mudado para "Epiphone Banjo Corporation", em 1928 ("Epiphone" é a combinação de "Epi", apelido de Epaminondas, com "phone", som em grego). Com a morte de Epaminondas em 1940, e com a Segunda Guerra Mundial, a Epiphone enfrentou diversas crises até ser vendida para a Gibson, em 1957.
No entanto, apesar de todas estas inovações, a proliferação das "Big Bands" nos anos 30 colocou a guitarra em uma posição delicada. Por mais bem construída que fosse, seu volume sonoro não conseguia rivalizar com o dos metais e bateria. A idéia de aumentar o volume a partir de agora seria recorrer à eletricidade.
Estava preparado o cenário para o nascimento da guitarra elétrica...

Uma das principais iniciativas nesse sentido foi a do suíço Adolph Rickenbacker, então radicado nos EUA. Rickenbacker fundou em 1925 uma empresa, denominada "Rickenbacker Manufacturing Company". Ao contrário do que possa parecer, Rickenbacker não fabricava instrumentos musicais, mas sim partes de metal para as guitarras tipo "resonator" da National (estas guitarras traziam uma interessante idéia acústica de ampliar o volume de som, mas acabaram por se tornar praticamente um novo instrumento).
A National, na figura do guitarrista e inventor George Beauchamp, também tentava usar a eletricidade para fazer seus instrumentos "falarem" mais alto. Logo no início dos anos 30, Beauchamp e Paul Barth, sobrinho de um dos donos da National, fizeram uma guitarra experimental elétrica, com corpo circular e braço feitos de madeira e com um grande captador eletromagnético. Esta guitarra ficaria conhecida como "Frying Pan" devido à sua aparência, e seria considerada pela maioria a primeira guitarra elétrica construída.
O princípio de funcionamento dos captadores eletromagnéticos é bastante simples, e ainda é utilizado até hoje. Uma bobina é imersa em um campo magnético e conectada a um amplificador. As cordas (obrigatoriamente de material magnetizável – aço) são colocadas para vibrar dentro do campo magnético gerado por esse imã. Essa vibração resulta em uma alteração deste campo magnético, a qual causa uma variação de tensão nos terminais da bobina, que é amplificada e acaba sendo transformada no som que ouvimos.
O captador da "Frying Pan" era feito de dois grandes ímãs envolvendo as cordas, com uma bobina abaixo deles. Apesar de não ser a guitarra dos sonhos de qualquer guitarrista, Rickenbacker, Beauchamp e Barth fundaram em 1932 a Ro-Pat-In, com o objetivo de produzi-la em série. A Ro-Pat-In mudou seu nome nos anos 30 para Electro String Instrument e em 1934 começaram a produzir guitarras sob a marca Rickenbacker Electro.
Nesta época, a Rickenbacker lançou a linha Electro Spanish, que nada mais era que uma tradicional guitarra acústica de jazz com um captador similar ao da Frying Pan. Apesar das vendas da Electro Spanish não terem sido animadoras, várias empresas haviam percebido que esse era um caminho sem volta. Por isso, em 1936 a Gibson lançou a guitarra "Electric Spanish", modelo ES-150, que seguia a mesma idéia de Rickenbacker: uma guitarra acústica de jazz com um captador montado próximo ao braço. Não é de surpreender que a Gibson já possuísse know-how para um lançamento deste tipo: muitos acreditam firmemente que o famoso engenheiro Lloyd Loar, principal responsável por grande parte das criações da Gibson, havia realizado diversos experimentos (e com sucesso) relativos à eletrificação de instrumentos, enquanto trabalhou na Gibson, de 1919 a 1924.
Apesar da novidade da captação elétrica, todas essas guitarras tinham uma característica comum, que era a de serem apenas a eletrificação de modelos existentes. Ainda não se ouvia falar em guitarras sólidas, com corpo feitos de madeira maciça.
Em tal momento surgiu em cena Lester William Polfus, também conhecido como Les Paul. Em 1928, então com 12 anos, Les Paul entretinha com sua guitarra os clientes de uma pequena lanchonete. Em suas apresentações, seu público sempre reclamava que não conseguia ouvi-lo. Na tentativa de amplificar seu instrumento, Les Paul instalou um captador de gravador e conectou-o ao rádio dos seus pais, usando o mesmo como amplificador. Apesar dessa solução não ser ideal para grandes ambientes, fez Les Paul pensar na viabilidade de construir uma guitarra sólida, preservando o som original das suas primas acústicas.
Após anos de pesquisas e tentativas, Les Paul construiu um protótipo que foi chamado de "The Log" (a tora). Ele levou sua criação para apresentá-la à Gibson, onde riram da sua idéia. Les Paul havia aparafusado um braço de guitarra acústica em um pedaço retangular de madeira com 2 captadores e prendido nele as laterais de uma guitarra acústica apenas para que o resultado ficasse parecido com uma guitarra (mal imaginavam os executivos da Gibson que futuramente lançariam guitarras famosas – ES 335, ES 355, etc. – com o mesmo tipo de construção).
A iniciativa de Les Paul não foi a única. Em 1935, Rickenbacker havia lançado um modelo maciço, porém de baquelite, além do modelo "Vibrola", com um inovador (mas primitivo) sistema de vibrato através de motores (essa guitarra era tão pesada que possuía um suporte para que o músico pudesse tocá-la, pois era impossível pendurá-la).
Outros experimentos apareceram, e entre os mais importantes destaca-se a guitarra Bigsby-Travis, de 1948. De todas as iniciativas até então, acredito que era a que mais se aproximava das guitarras que conhecemos hoje. No entanto, sua produção foi restrita a poucas unidades, e portanto não considera-se a Bigsby-Travis um modelo comercial.
No mesmo ano de 1948, George Fullerton uniu-se e Leo Fender para construir uma guitarra que fosse maciça e pudesse ser produzida em massa. Criaram a "Broadcaster", que existe praticamente inalterada até hoje com o nome de "Telecaster". A Broadcaster seria lançada em 1950, e tornar-se-ia a primeira guitarra maciça comercializada em massa, mudando a história para sempre.
Com o sucesso da Fender, a Gibson percebeu que havia dispensado uma grande idéia ao rir da invenção de Les Paul. O próprio Les Paul conta que os executivos da Gibson foram procurá-lo em 1951, e mostraram-se interessados em comercializar uma guitarra desenhada por ele. Incrivelmente, a Gibson não queria colocar seu nome na mesma por temer um fracasso, ao que Les Paul prontamente sugeriu que chamassem a guitarra de Les Paul. E assim foi feito: em 1952 foi lançada a Gibson Les Paul. O sucesso da Les Paul foi tanto que a mesma manteve-se inalterada até 1961, quando foi totalmente reestilizada (no entanto, em 1968 sua versão original foi relançada, atendendo a pedidos).
Todo esse sucesso das guitarras trouxe na carona um lançamento que traria profundas mudanças na música: o baixo elétrico. Em 1951, Fender inovava com o lançamento do baixo Precision. Até então, tocava-se baixo acústico, instrumento pouco portátil e sem trastes. O Precision logo conquistou músicos de country, e até alguns de jazz, como Monk Montgomery, da banda de Lionel Hampton. O Precision possuía o mesmo tipo de construção da Broadcaster: braço em Maple aparafusado ao corpo, um captador, e estética bastante similar à Broadcaster. Possuía também uma escala de 34 polegadas (padrão até hoje e menor que a de um baixo acústico) com trastes.
Mas o melhor ainda estaria por vir. Apesar do sucesso da Telecaster e da Les Paul, ainda não havia aparecido aquela que se tornaria a vedete das guitarras. Em 1954, Leo Fender mais uma vez mudaria a história lançando uma nova guitarra, a Stratocaster.
A Stratocaster traria várias importantes inovações. Seu corpo possuía um novo desenho, de construção similar ao da Telecaster. Eletricamente, traria uma de suas grandes inovações, através da adoção de 3 captadores de bobina simples (a Telecaster possuía 2) e com uma chave de 5 posições que permitia diversas associações dos mesmos, permitindo portanto uma grande variedade de sons. Seus captadores eram unidades de baixa impedância, com um som mais brilhante e limpo, próximo dos instrumentos acústicos. Todo o circuito elétrico, incluindo os captadores, era montado em uma placa acrílica removível. Isto permitia que o circuito fosse todo montado fora da guitarra e posteriormente instalado na mesma em apenas uma operação, fato típico de uma produção em larga escala. Também foi incorporada uma alavanca de trêmolo, inexistente na Telecaster.
O corpo da Stratocaster era esculpido visando o conforto, com rebaixo para apoio do braço e para a barriga do músico. A Stratocaster logo conquistou os músicos e hoje é até desnecessário listar todos que foram ou são apreciadores dela. Nomes como Eric Clapton, Jeff Beck, David Gilmour, Ritchie Blackmore, Jimi Hendrix, apenas para citar alguns (na verdade, faltaria espaço para listar todos os músicos que são adeptos da "Strato"). A guitarra é produzida com muito sucesso até os dias atuais, e conserva suas características principais praticamente inalteradas. Com esse lançamento, a Fender passava a ser líder isolada no mercado de guitarras maciças e baixos elétricos.
Em 1956, na tentativa de conquistar o mercado dominado pelo baixo Fender Precision, a Gibson lançou seu primeiro baixo elétrico, o modelo EB1. Seu desenho lembrava um violino com corpo de baixo (como o baixo Hofner que Paul McCartney faria famoso na próxima década). Apesar da investida da Gibson, o Fender Precision reinou sozinho até 1957, quando ganhou o desenho que conhecemos hoje e quando Rickenbacker lançou seu primeiro baixo, o modelo 4000, similar ao 4001 usado por inúmeros astros, como Chris Squire (Yes) e Geddy Lee (Rush). Os modelos Rickenbacker possuíam uma construção sólida e um braço inteiriço em oposição ao braço aparafusado dos Precision.
Mesmo com toda a concorrência, a Fender reinou absoluta nos anos 50 e 60 no cenário dos baixos. Os baixos Gibson não eram bem aceitos pelos músicos, apesar de usados por alguns artistas importantes como Jack Bruce (Cream).
Em 1960, apareceria talvez a última grande criação no segmento de baixos e guitarras: o baixo Fender Jazz Bass. Com um desenho arrojado, o Jazz Bass seria a alternativa para os músicos que queriam mais versatilidade de som. O Jazz Bass oferecia 2 captadores single coil e um braço mais estreito que o do Precision. Logo ficou sendo o preferido para jazz e alguns estilos de rock/fusion, enquanto o Precision ficaria famoso no ambiente de pop/rock. O Jazz Bass ajudaria a popularizar o baixo fretless (sem trastes), com seu som mais parecido com um baixo acústico. Para este quesito em particular, o baixista virtuoso Jaco Pastorius teve grande importância, ao arrancar com um alicate os trastes de seu Jazz Bass, transformando-o em um fretless de uma hora para outra (a Fender inclusive lançou uma série especial do Jazz Bass, modelo Jaco Pastorius, onde os baixos saem da fábrica com as marcas de pancadas, arranhões e falhas na pintura exatamente nos locais em que estavam presentes no baixo original de Jaco).
Hoje, quase 50 anos após o que pode ser considerado o último evento realmente expressivo na evolução da guitarra, o cenário já se encontra muito mais diversificado. No mundo inteiro milhares de empresas fazem réplicas de modelos famosos, como Les Paul, Stratocaster, Telecaster, Precision, Jazz Bass, etc., além de novos modelos que surgem constantemente.
A tecnologia permitiu a criação de instrumentos com características modernas de construção. Hoje são testados novos materiais, além da madeira, como resinas de grafite, fibras de carbono, fibras de vidro e muitos outros (os modelos mais caros da Stratocaster, por exemplo, possuem reforços internos ao braço em grafite).
A parte eletrônica também evoluiu muito. Os captadores magnéticos ainda reinam, porém já existem instrumentos utilizando circuitos ativos, captadores piezoelétricos (que funcionam através da alteração de pressão em um cristal), captadores óticos (que "vêem" a vibração da corda e a amplificam) e tantas outras idéias. Hoje, no momento de rápida evolução em que vivemos, "o céu é o limite", mas acredito firmemente que a guitarra elétrica em sua concepção básica já conquistou definitivamente um lugar no coração e no ouvido de todos nós, e por isso veio para ficar.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pequeno Guia de Sobrevivência do Músico Brasileiro

 

Não é novidade para ninguém que é difícil viver de música no Brasil. Para quem quer levar a qualidade da música a sério, então, é preciso muito talento, dedicação e força de vontade. Para facilitar a vida de quem sonha em seguir a carreira musical, aqui está um pequeno guia com 10 dicas fundamentais para se dar bem no mercado dos dias de hoje.

1. Aprenda a tocar diferentes estilos
Não existe nada melhor do que tocar rock and roll, mas para ganhar a vida como músico é preciso aprender a driblar o preconceito e ser competente também em outros estilos. A maioria dos grandes músicos começou tocando em bandas covers, muitas vezes com repertório variado para agradar a todos os públicos. No início, guarde suas composições para o seu projeto pessoal. E nunca seja radical.

2. Monte um estúdio em casa
Computador não serve apenas para conhecer gente na Internet: ele é sua porta de entrada também para o mundo das gravações. Antigamente, era impossível gravar um som decente se você não tivesse um bom estúdio e um equipamento caríssimo. Hoje isso mudou: com uma boa placa de som e bons softwares, dá para tirar um som inacreditável sem sair do seu quarto.

3. Não fique preso ao mundo real
Não adianta tapar o sol com a peneira: é na Internet que estão as maiores chances de você divulgar seu trabalho. Crie um website, invista uma parte do seu tempo trocando idéias em comunidades como Orkut e MySpace e não tenha vergonha de mandar e-mails avisando seus amigos sobre os seus próximos shows. A Internet é a mídia mais barata e mais eficaz inventada até hoje.

4. Faça amizade com outros músicos
Como todo campo profissional, a música também depende muito dos contatos pessoais. No mundo empresarial, isso se chama ‘networking’. Manter contato com outros músicos não é bom apenas para trocar idéias sobre técnicas e equipamentos: é das amizades que surgem as melhores parcerias. Quando aquele seu amigo ouvir falar de uma banda que precisa de algum músico, pode ter certeza que ele vai se lembrar de você.

5. Você nunca será o melhor do mundo
Você deve fugir de duas coisas para se dar bem no mundo da música: a arrogância e a inveja. Nunca ache que você é o melhor do mundo; se achar, guarde essa opinião para você. E nunca tenha inveja de um músico que toca melhor que você: eles sempre vão existir. Aprenda com isso: o importante é escolher bons professores e métodos de estudo eficientes.

6. Música não é competição
Quando se gasta muito tempo estudando, é normal prestar atenção aos outros músicos para comparar as técnicas e, principalmente, a velocidade. Mas não se esqueça que música não é uma competição para ver quem toca mais rápido: Jimi Hendrix e Eric Clapton vão viver para sempre, ao contrário de guitarristas que imitam uns aos outros e acham que o importante é tocar mil escalas por segundo.

7. Descubra o seu próprio estilo
Uma das maiores dificuldades para um músico em qualquer fase da carreira é descobrir o seu próprio estilo. Ser influenciado por outros músicos é ótimo; passar a vida inteira copiando seu ídolo é péssimo. Misture suas influências num caldeirão e veja o que sai de lá. Nunca tenha medo de tentar ser diferente.

8. Não seja bitolado
Você só pensa em tocar seu instrumento 24 horas por dia? Pois está na hora de dividir a cabeça com outras formas de expressão artística. Dê um descanso para o corpo e gaste parte do seu tempo com filmes, livros, exposições - toda forma de arte é importante e toda experiência pode se tornar uma nova fonte de inspiração musical.

9. Se quiser ser profissional, pense como um!
Você gosta tanto de música que continuará tocando mesmo sem ganhar um centavo com isso? Pense bem. Para seguir a carreira de músico é importante pensar como um profissional: sua música é seu trabalho. Corra atrás de formas de ganhar dinheiro: sessões como músico de estúdio, gravação de jingles, apresentações em público, teatros e até casamentos… Encare a música com profissionalismo e uma hora você terá a oportunidade de mostrar o seu próprio som.

10. Seu instrumento é seu melhor amigo
Para ser músico você tem que ter respeito pela música e, principalmente, pelo seu instrumento. Ele é o elo de ligação entre o que seu coração quer dizer e o que seu público vai ouvir. Encare-o com uma extensão do seu corpo, uma parte fundamental de quem você é. Trate bem o seu instrumento e vocês serão felizes para sempre!

sábado, 11 de maio de 2013




Ser um Músico de Rua
Se você sabe tocar violão, cantar algo, ou tocar algum outro instrumento você pode ser um músico de rua. Ganhar alguns trocados e ainda melhorar suas habilidades.

Passos

  1. 1
    Encontre um lugar onde possa tocar. Embora o termo "músico de rua" implique em tocar em uma rua ou próximo a ela, não o faça a menos que você necessite, ou que seja um baterista/percussionista. O barulho de automóveis costuma se sobrepor ao de instrumentos acusticos, mas se houver bastantes pedestres pelas calçadas, pode valer a pena tentar. Procure lugares abertos como festivais de arte ou feiras de artesanto, onde sua música será apreciada. Normalmente quanto maior o trafego de pedestres, melhor.
  2. 2
    Peça permissão se você encontrar algém a quem possa pedir É bem mais comfortável tocar em um lugar onde você nao precisa se preoucupar com a possibilidade de ser afugentando por moradores, donos de loja ou até policiais. Na mairoria dos lugares, é premitido tocar em locais públicos, desde que não esteja obstruindo a passagem ou criando distúrbio. Normalmente o máximo que pode ocorrer é que algém peça para que se retire. Se voce tiver que utilizar uma tomada para um amplificador, por exemplo, você deve pedir permissão antes.
  3. 3
    Toque para que as pessoas possam te ouvir Toque de pé. Tocar de pé faz com que o som seja projetado de forma mais eficaz. Se você for quieto e envergonhado e sentar, você pode não ser ouvido.
  4. 4
    Seja gracioso se pedirem para que você se retire Sorria. Talvez lhe seja sugerido um lugar melhor para você tocar. Normalmente as pessoas são gentis ao pedir que voce saia, então você deve ser gentil também.
  5. 5
    Colete trocados Lembre de trazer um chapéu, lata para trocados, ou simplismente abra a capa de seu instrumento em sua frente. Não há como você ganhar dinheiro se as pessoas nao souberem onde devem colocá-lo. Quando algém lhe der algo, agradeça com um gesto ou um sorriso, mas continue tocando.
  6. 6
    Não toque próximo a outros músicos Dê a eles seu espaço sonico. Se você resolver tocar perto de um outro músico, você irá atrapalhá-lo e vice-versa, além de incomodar os pedestres. Em alguns casos, quando há muitos musicos em uma mesma área, eles se dividem em turnos para tocar.
  7. 7
    Sorria Uma atitude azeda fará com que as pessoas se afastem de você, e não lhe dêem dinheiro algum. Não se desanime se não estiver conseguindo muito dinheiro. Talvez você devesse tentar algum lugar mais movimentado, ou talvez seja só um daqueles dias... Tocar na rua pode ser muito frustrante, mas também pode valer muito a pena, especialmente em termos de conseguir extrair de você a sua musica.

Dicas

  • Instrumentos acústicos oferecem muito mais flexibilidade em termos de onde e quando tocar, em relação a instrumentos elétricos.
  • Coloque algumas moedas e/ou notas em seu coletor de trocados, para chamar a atenção dos pedestres para onde devem colocar o dinheiro. Se desejar somente notas, retire todas as moedas o mais rápido possível, deixando somente as de valores "altos" como 5 ou 10, o que fará com que as pessoas pensem que outros foram generosos, aumentando a chance de que façam o mesmo.
  • Evite áreas onde há muitas pessoas mendicando, pois nestes locais você estará menos propício a ganhar dinheiro.
  • Se tiver CDs para vender, traga-os com você. Desponha-os de forma proeminente e ponha avisos que indiquem o preço. Você provavelmente não conseguirá muitas vendas, mas é uma boa forma de conseguir um dinheiro extra e expor sua música. Note que em algumas cidades é necessário dispor de permissão legal para vender CDs.
  • Esteja pronto para pedidos. Pessoas que pedem músicas podem ser irritantes, principalmente se você toca música própria, mas eles costumam lhe pagar. É uma boa idéia saber alguns covers, e se por um acaso não souber tocar/cantar uma música requisitada, ofereça uma similar, do mesmo gênero ou artista.
  • Não se sente, nunca. Pessoas pensarão que você é um mendigo e não te darão tanto dinheiro.
  • É uma boa idéia mover seu corpo um pouco (ou bastante) de forma expressiva e/ou bonita mas não de forma excessiva. Se você tocar com sentimento, terá mais sucesso. Pode ser de grande ajuda esquecer que está tocando por dinheiro ou atenção. Faça-o de forma que você mesmo aprecie sua música. Eventualmente, sua platéia pode ser fonte de energia e inspiração.
  • Vista-se com roupas interessantes. As pessoas irão parar e se perguntar porque você se veste desta forma, e lhe darão mais dinheiro por ser um fator extra de entretenimento.

Breve história da afinação



O som

O som não é mais do que moléculas do ar em vibração.
Quando uma dada nota musical se faz soar, isso significa que as moléculas do ar vibram com uma dada frequência.
Essa frequência é mensurável, tanto pelos nossos ouvidos como com recurso a aparelhos electrónicos.
Nas notas mais agudas, o ar vibra com uma frequência mais elevada. Respectivamente, notas mais graves fazem o ar vibrar com uma frequência mais baixa.
Sendo assim, o que define uma nota musical não é mais do que a sua frequência.
A frequência mede-se habitualmente em hertz.
Por exemplo, um Lá central tem uma frequência de 440 hertz.
A unidade hertz chama-se assim em homenagem a Heinrich Rudolf Hertz, o físico alemão que demonstrou a existência da radiação electromagnética criando um aparelho que emitia ondas de rádio.

Consonância e dissonância

Duas ou mais notas musicais dizem-se 'consonantes' quando soam bem umas com as outras, quer sejam tocadas em sequência quer em simultâneo.
Respectivamente, duas ou mais notas musicais dizem-se 'dissonantes' quando parecem não jogar bem umas com as outras.
Consonância é sinónimo de 'agradável ao ouvido'.
Dissonância é uma coisa que, regra geral, se pretende evitar na música, embora haja compositores e sistemas musicais que tiram partido da dissonância.

Pitágoras

Pitágoras, o filósofo Grego mais conhecido pelo 'Teorema de Pitágoras', dedicou-se também à música.
Ele constatou que duas notas seriam consonantes se as suas frequências se relacionassem por meio de fracções simples.
Por exemplo, se a frequência da segunda nota fosse exactamente três meios da frequência da primeira nota, então essas duas notas soariam agradavelmente quando tocadas em sequência ou em simultâneo.
Respectivamente, se a relação entre as frequências das duas notas fosse algo mais complexo, do tipo 2326 sobre 1742, então essas duas notas soariam desagradavelmente quanto tocadas conjuntamente.
Essa descoberta levou à criação de escalas musicais em que as notas se relacionavam entre si por fracções simples.
O Sol seria exactamente três meios do Dó, o Mi seria cinco quartos do Dó, etc...
Este sistema de afinação é conhecido como 'Escala Justa'.
Uma escala justa é sempre construída com base numa nota de referência. Essa nota de referência é chamada de 'tónica'.
Podemos, deste modo, construir uma escala justa na tónica de Dó, outra na tónica de Ré, etc...

Sete notas musicais, doze meios-tons

Como já foi dito, uma nota musical tem uma dada frequência.
Se duplicarmos essa frequência, obtemos a mesma nota, só que agora mais aguda. Diz-se que a nova nota é 'uma oitava' acima da nota original.
Do mesmo modo, se dividirmos a frequência da nota original por dois, obtemos também a mesma nota, só que agora mais grave. A nova nota é 'uma oitava' abaixo da nota original. Ou seja, a distância que separa duas notas consecutivas com o mesmo nome, por exemplo de um Ré a outro Ré, é uma oitava.
Porquê o nome 'oitava'?
Se quisermos construir uma escala com base em fracções simples de uma dada nota base, só temos de inventar notas compreendidas entre a frequência dessa nota base e a frequência que é o dobro dessa.
Ou seja, se a frequência da nota base é de 100 hertz, então temos de inventar notas entre os 100 e os 200 hertz.
Fazendo as contas, obtemos sete notas que têm uma consonância muito boa com a nota base.
A partir daí, por duplicação sucessiva das frequências definidas, calculam-se os valores das notas nas oitavas mais agudas.
Igualmente, dividindo sucessivamente por dois as frequências definidas, calculam-se os valores das notas nas oitavas mais graves.
O monge Católico italiano Guido d'Arezzo deu nomes a essas sete notas, retirados dum hino a São João: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.
Sendo assim, de um Dó a outro Dó inclusive, contam-se oito notas. Daí o nome 'oitava'.
Estas sete notas correspondem às teclas brancas do piano.
Para além destas sete notas que têm uma consonância muito boa com a tónica, é matematicamente possível definirmos mais cinco notas que têm uma consonância razoável com a tónica: uma dessas notas fica entre o Dó e o Ré, outra entre o Ré e o Mi, entre o Fá e o Sol, entre o Sol e o Lá, e finalmente entre o Lá e o Si.
Estas novas cinco notas correspondem às teclas pretas do piano.
Continua a ser matematicamente possível definirmos ainda mais notas. Mas a certa altura temos o problema de ficarmos com uma escala demasiado complexa. Mais grave ainda, as novas notas, embora consonantes com a tónica, seriam potencialmente dissonantes com as demais.
Temos então 12 'notas', ou melhor, 12 meios-tons, numa oitava:
- Dó
- Dó sustenido ou Ré bemol
- Ré
- Ré sustenido ou Mi bemol
- Mi
- Fá
- Fá sustenido ou Sol bemol
- Sol
- Sol sustenido ou Lá bemol
- Lá
- Lá sustenido ou Si bemol
- Si

Um problema

Uma escala justa constrói-se sempre com base numa nota que é chamada de 'tónica'.
Em Escala Justa, os valores das notas diferem consoante a tónica que serviu de base à construção da escala.
Ou seja, um Fá de uma Escala Justa na tónica de Dó não é exactamente igual a um Fá de uma Escala Justa na tónica de Lá. Existe uma dissonância entre eles.
Isto representa um problema de afinação muito grande:
Dois instrumentos musicais afinados em Escala Justa, mas em tónicas diferentes, soam muito bem quando ouvidos separadamente, mas são horrivelmente dissonantes quando ouvidos em simultâneo.
Torna-se então necessário criar um sistema de afinação que permita a coexistência pacífica entre melodias que assentem em tónicas diferentes.

Uma solução de compromisso

Não é matematicamente possível resolver o problema acima descrito.
Não é possível inventar um sistema de afinação em que todos os 12 meios-tons duma oitava sejam perfeitamente consonantes uns com os outros.
Mas é possível ajustar os valores desses meios-tons por forma a que nenhum deles seja francamente dissonante com os demais.
Isto consegue-se, por exemplo, por meio de dividir a oitava em 12 partes exactamente iguais, em proporção.
Deste modo, a proporção entre quaisquer dois meios-tons consecutivos é sempre a mesma. Essa proporção é de 2 elevado a 1 sobre 12.
Uma vez que todos os meios-tons são ajustados, ou temperados, com base numa proporção constante, este sistema de afinação é chamado de 'Temperamento Igual'.
Em Temperamento Igual, a consonância entre os vários meios-tons quase nunca é perfeita, mas também nunca é francamente má.
Algumas tradições musicais, como por exemplo a música ocidental, fazem amplo uso deste imperfeito sistema de afinação, por forma a desenvolver elaboradas harmonias e a explorar o contraponto entre melodias baseadas em tónicas diferentes.
Noutras tradições musicais, como por exemplo na música Indiana, as dissonâncias do Temperamento Igual não são consideradas aceitáveis, dando-se nesses casos mais importância à fidelidade em relação à tónica.
Uma vez que na música ocidental podemos ouvir várias tónicas em simultâneo, as composições tornam-se mais 'verticais'. As emoções são transmitidas pelas várias melodias que soam em simultâneo.
Respectivamente, na música oriental as composições tornam-se mais 'horizontais'. As emoções são transmitidas pela forma como, ao longo do tempo, a relação entre as várias notas e a tónica vai evoluindo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Nossos Instrumentos



quinta-feira, 2 de maio de 2013

baterista



Um baterista é um músico que toca bateria, particularmente o kit de bateria (ou bateria americana), formado geralmente pelo bumbo,surdochimbaucaixa e pratos (podendo ter vários tipos de tom-tons). O termo percussionista normalmente refere-se mais genericamente à pessoa que toca instrumentos de percussão, com baquetas ou não, como os tímpanosvibrafonetamborpandeiro,chocalhos, tamborim e tantos outros, ou ainda utiliza o próprio corpo para montar células rítmicas, batendo palmas, no peito, ou utilizando guizos atados às pernas, etc. Alguns percussionistas montam seus próprios kits de percussão. Muitos bateristas acrescentam instrumentos não convencionais às suas baterias.
Bons bateristas são músicos experientes com um ouvido acurado para o ritmo e a forma musical, que agem como a força rítmica de todo um conjunto. Um bom baterista é preciso, técnico e sensível ao que a música pede, sabendo exatamente onde colocar notas e onde deve haver espaço para a música respirar.
As diversas abordagens da bateria vão das mais minimalistas(com kits reduzidos e em certas apresentações de cunho educacional, apenas com uma peça, em especial a caixa) às mais complexas com kits de tons cromáticos onde a afinação simula as notas encontradas na escala ocidental. As diferentes abordagens dependem da proposta musical de cada grupo ou artista-solo.
O baterista é o mais responsável da banda, pois seu instrumento é percussivo, o que dá o ritmo pra musica. A pegada do baterista é o mais importante (depois da experiência), pois define o ritmo da música.